PAULO IVAN
( Brasil – Ceará )
Paulo Ivan Silva Lima. Nasceu em Missão Velha (Ceará), em 20/11/1960.
Tomou gosto pela escrita ao trabalhar com artes gráficas em São Luís, nos anos setenta.
Participou de grupos de literatura e de várias edições do extinto Festival de Poesias, Crônicas e Contos de Imperatriz, festival aberto, a nível nacional, tendo recebido várias premiações, com destaque par os gêneros crônicas e contos.
Participou da Antologia CONTEMPORÂNEOS 2017, pela editora Taba Cultural -RJ, mantém uma página no site Recanto das Letras.
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I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO BRASIL construindo pontes. Dilercy Aragão Adler (Organizadora). São Luís: Academia Ludovicense de Letras – ALI, 2018. 298 p. ISBN 978-85-68280-12-6 No 10 353
CORAÇÃO MATERNO...
Este coração é assim
cheio de amor
cheio de manha...
Ah! Coração eterno...
Mereces o céu,
mas às vezes nada ganha...
Chora, ri...
O mal logo esquece,
de tanto amar,
sofre,
e muito padece...
Que pode haver maior?
Quem pode entender
os mistérios que há em você?
Ah! Coração...
Ser feliz
não é ter tudo.
É feliz,
Quem tem você.
CRIATURA
Quem és?
Com tanta luz,
que me deixas entorpecido?
Teu corpo é puro calor
e derreter meu ser.
No entanto, és brisa refrescante
a deleitar-me a alma...
Quem és tu?
Já não importa,
Sei não mereço sequer o desejo
de querer te amar...
És a espécime sublime
das obras da natureza,
és m o n u m e n t o ...
expressas rara beleza,
exposta em teu corpo nu
És escultura inacabada,
Que és?
Não sei...
Mas quero dizer-te:
És minha...
por adorar tua imagem
Me confesso pecador
És a obra mais perfeita
das criaturas...
EFÊMERA
Que dizer de ti?
Poderoso ser
geradora, mãe da natureza...
Sempre e sempre propensa ao sim...
Túnel/luz/portal da vida...
Ser, forte/frágil.
Contudo, sempre assim:
f e m e n i n a!
Serás sempre, motivo de prazer...
És deusa/inspiração/raça,
Eterna fêmea!
envolta em plena graça...
Trazes no olhar
a magia que ensina,
a ver-te assim:
Pura, alegre e doce
minha eterna menina.
ZÁS
Minha poesia
desfez-se explodindo-se no espaço,
em folhas leves, tragadas
na atração estonteante
no fragmento de tempo
em queda letal...
é pau,
é pedra,
e o fim do grafite!
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Página publicada em março de 2025.
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